Supremacia de Cristo

    “Porque nele foram criadas todas as coisas que há, nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades: tudo foi criado por ele e para ele; E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele; E ele é a cabeça do corpo da igreja, é o princípio e o primogênito de entre os mortos, para que em tudo tenha a preeminência. Porque foi do agrado do Pai que toda a plenitude nele habitasse, E que, havendo por ele feito a paz, pelo sangue da sua cruz, por meio dele reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, tanto as que estão na terra, como as que estão nos céus.” ( Cl 1.16-19 ) “Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, o primeiro e o derradeiro.” ( Ap 22.13 )  “Nestes últimos dias nos falou pelo seu filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, pelo qual também fez o mundo. Sendo o resplendor da sua glória e a expressão exata do seu ser e sustentando todas as coisas ...” ( Hb 10.1 ) "... de fazer convergir nele, na dispensação da plenitude dos tempos, todas as coisas, tanto as do céu como as da terra; nele, digo, no qual fomos também feitos herança, predestinados segundo o propósito daquele que tudo completa, conforme o conselho da sua vontade..." (Ef 1:10,11)

    Essas palavras em destaque supracitadas, nos remetem a idéia de que em Cristo há uma totalidade de “todas” as coisas, há uma concentração universal e porque não dizer cósmica, ele é o centro das convergências e todas as divergências um dia se converterão nesse mesmo núcleo necessariamente, originou, herdou e mantêm sustentando a existência criada sem uma única exceção, o segredo de Deus revelado a humanidade em sua plena profundidade sem nenhuma reserva imaginável, ele é a gênese de alguma possibilidade de causa ulterior ou posterior de qualquer paradigma já averiguado e que se possa a qualquer tempo aquilatar, ele é simplesmente a expressão máxima do Ser Divino, ou literalmente escriturístico “ ... a expressão exata do seu ser ...” a resposta e a solução divina total ao miserável homem decaído : JESUS CRISTO.

   
    Essa verdade é tão latente, mesmo sabendo que Cristo não figura no roll das maiores personalidades, por ser supraracional, que mentes brilhantes de todas as origens, conseguiram de alguma maneira perceber essa realidade, expressando das mais variadas formas. Agostinho afirmava que Jesus é a via reta que nos salva do labirinto circular em que andam os ímpios; Aquino que costumava chamá-lo de Pão dos anjos, declarou que “doente, venho ao médico que cura a minha vida, manchado venho à fonte da misericórdia, cego venho ao foco da luz eterna, pobre e desprovido de tudo, venho ao Senhor dos céus e da terra”; Lutero procurava Cristo nas Escrituras como verdade primeira da qual todas as outras coisas são derivadas; Einstein não conheceu o Deus Cristão, embora se declarasse “fascinado pela luminosa figura do Nazareno”; Gandhi era leitor assíduo dos Evangelhos e que por isso se tornou fã de Jesus Cristo, infelizmente, viveu apenas como admirador e não como Seu seguidor; Kierkegaard tinha-O como o eterno refúgio para uma angústia que absurdamente o açoitava; Nietzsche, filósofo do ateísmo, escrevendo a um amigo sobre a pessoa de Jesus: “eu sei que, se não O encontrar, não terei respostas para minha vida”; Chuck Norris afirmou : “homens de verdade vivem para Cristo”; nos escritos de Bonaparte foi encontrado o seguinte : “eu estava fazendo uma revolução na força da guerra... mas lendo as páginas desse livro ( A Bíblia ) descobri que Cristo fez uma revolução muito maior do que eu, sem violência e destruição, fez a revolução do amor...”; Pasteur disse que “em nome da ciência eu proclamo Jesus Cristo como o Filho de Deus. Meu senso científico, que valoriza muito a relação entre causa e efeito, compromete-me a aceitá-lo como fato.”; Barth foi quem mais conseguiu traduzir essa realidade, causando um grande impacto na então teologia descristocentralizada, dando uma forte guinada rumo a um porto seguro com a chamada Concentração Cristológica, na qual todas as doutrinas devem ser interpretadas cristologicamente, princípio orientador para toda teologia cristã.

   
    Percebemos muito claramente que Cristo é a  imagem real das coisas que a Lei Mosaica como "sombra figurava" (Hb 10.1). O verdadeiro significado da Lei é Cristo, serviu apenas como uma ponte até a manifestação do que é perfeito. Assim no tabernáculo ele era o altar do holocausto e o cordeiro imolado, os pães da proposição, a arca do concerto, o altar do incenso, as ervas (estoraque, onilha e gálbano), o candelabro de ouro … no restante da Lei ele era a cidade refúgio, o sábado do descanso, as primícias da colheita, o cordeiro pascoal, o dízimo, o sacerdote … ; nessa mesma linha é impreterivelmente Ele é o tema de toda as Sagradas Letras, não se pode pensar em Escrituras sem partir desse pressuposto, o qual se perdermos, poderemos incorrer no mesmo erro dos fariseus e receber a mais dura crítica do seu próprio Tema: “ Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam; E não quereis vir a mim, para terdes vida.” ( Jo 5.39 e 40), Assim sendo ele é a Arca de Noé, a rocha ferida do deserto, a serpente erigida no deserto, o profeta, o rei, as tábuas do Sinai, a vara florescida de Arão, o maná do deserto ...

     Num fenômeno chamado de seqüência de letras eqüidistantes (SLE)- códigos implícitos nos textos das Sagradas Escrituras, desenvolvido por vários rabinos judaicos, conhecido agora como Código da Bíblia, mesmo sabendo que é justamente a mensagem explícita que nos interessa e que foi-nos reveladas, há alguns fatos interessantes sobre o Yeshua nesse assunto tratado. No hebraico nós achamos o nome Yeshua que cruza de cima para baixo na vertical o texto Gn 22.16 “ e não me negaste teu filho, o teu único filho !” ; em Pv 30.4-6 “ Quem subiu aos céus e desceu ? quem encerrou os ventos em seus punhos ? ... Yeshua também corta na vertical a frase formando uma cruz; em uma SLE-8.646 encontramos o seguinte Elohim Ha Yeshua, ou seja, o Senhor Yeshua; SLE-12 em Is 53 encontramos o seguinte Yeshayahu, ou seja, Yeshua é o meu nome; é encontrado em I Samuel os seguintes nomes: Melquisedeque, quem sou eu ? eu sou YHWH, a glória do Pai, o Messias de Deus, O meu glorioso, o Rei de Salém, a Paz a Retidão, Sacerdote da fé, que dura para sempre, a retidão, que dura para sempre, a nossa justiça, a aliança do povo, Juiz com justiça, sem morte, como um presente, quem é ele ? Yeshua filho de Deus, você é meu filho verdadeiro, seu Salvador , o redentor, filho do homem, Raiz de Davi, a Salvação. E explicitamente cerca de 100 vezes se usa a palavra salvação no Tanach (AT) é a mesma usada em Mt 1.21 Yeshua em Gn 49.18, Sl 9.14/91.14-16, Is 12.2-3, Is 62.11, Hc 3.13, Lc 2.29-30.

   
    Nas ciências, como na matemática onde nós temos o eixo da contagem numérica onde o menor número positivo possível é maior que todo o universo negativo, nos lembrando que o ato positivo de Jesus na cruz é maior que todo o nosso universo de pecados... no direito nós temos um advogado diante do Pai, onde o seu sangue é o princípio da legalidade divina... no português Ele é o paradigma de toda conjugação, o verbo... na biologia sabemos que o PH de todo organismo vivo é 7-perfeição divina (Yeshua)... na lógica, Ele e o fenômeno tautológico onde toda proposição é sempre verdadeira... na filosofia Ele é o logos originador de todos os sistemas ulteriores existentes...  na história é o fato histórico mais importante de todas as épocas...

   
    Ele é o centro do nosso calendário mundial, marcando a história de forma absurda, que só se pensa em fatos históricos antes de Cristo e depois de Cristo, quando houve aquela série de eventos astronômicos chamando a atenção dos reis magos, que teriam então passado a procurar o Cristo que nasceria dentre os judeus, seguindo a estrela guia, ou estrela de Belém, seu nascimento foi o marco da humanidade na história e no tempo. Que ser foi esse que não levantou espada, não escreveu livros, não pintou famosos quadros, não esculpiu imagens, não realizou grandes viagens, não estudou em universidades, ...? mas diante de Pilatos que poderia ter tais apetrechos, afirmou que veio dar testemunho da verdade... E a verdade é que Ele é Deus conosco, todo Poderoso, Soberano em glória que nada e nem ninguem pode se comparar, a nossa pergunta poderia ser a dos apóstolos: "mostra-nos o Pai e  isso nos basta !" e Ele nos responde com a mesma autoridade e intensidade de antes: " a tanto tempo estou convosco e não me tendes conhecido ?" Jo 14.8,9 ; com isso Jesus não afirmava ser o Pai e sim ser da mesma substância (Divina), expressão exata do seu ser Hb 10.1, o exemplo supremo a ser seguido eternamente !!!